A Mulher e a Política
Mesmo neste momento em que tudo está difícil, cabe lembrar a luta das mulheres na conquista de seu direito ao voto, iniciada ainda no século XIX, quando as mulheres norte-americanas se engajaram na abolição da escravatura nos Estados Unidos. Na mesma época, a ideia era de que também fosse aprovada uma emenda que desse o direito de voto às mulheres. Mas, devido a inúmeras dificuldades, foi resolvido que ficariam apenas na libertação dos escravos, para só tratar posteriormente do direito ao voto.
A Nova Zelândia foi o primeiro país do mundo a conceder o direito ao voto às mulheres, no ano de 1893. Na Europa, o primeiro país em que as mulheres obtiveram o direito ao voto foi a Finlândia, em 1906. Na Inglaterra não foi tão fácil assim! Só em 1918, ao término da Primeira Grande Guerra, quando teve a participação decisiva do sexo feminino na retaguarda do conflito, foi dado o direito do voto às mulheres inglesas com mais de 30 anos, sendo eleitas três mulheres para a Câmara dos Comuns. Somente em 1928 a idade foi reduzida para 21 anos.
E assim a coisa foi acontecendo lentamente por todo o mundo. Na América Latina, o primeiro país que concedeu o voto às mulheres foi o Equador, em 1929. Na Argentina foi em 1946 que começou a campanha pelo voto feminino através de Evita, que se empenhou com vontade por essa conquista, que seria aprovada pelo Congresso em 23 de setembro de 1947. Mas, só no dia 11 de novembro de 1951 a mulher argentina votou pela primeira vez!
No Brasil, a emancipação feminina teve como sua precursora a educadora Leolinda de Figueiredo Daltro, natural da Bahia. A fim de colaborar na campanha eleitoral para a presidência da República, ela fundou, em 1910, a Junta Feminina Pró-Hermes da Fonseca, apesar das mulheres não terem o direito do voto. Com a vitória de seu candidato, continuou sua campanha pela participação da mulher brasileira na vida política do país. Concorreu como candidata a constituinte no ano de 1933, quando a mulher brasileira passou a exercer o direito ao voto.
Mas, a maioria das mulheres ainda não acordou para a nova realidade que se apresenta: elas têm poder! No Rio de Janeiro, acho que temos menos de dez vereadoras e mais de quarenta vereadores. Isto tem que mudar! Por favor, vamos por mais “batom” na Câmara Municipal do Rio de Janeiro!
WANDERLEY REBELLO FILHO
CONSELHEIRO DA OAB/RJ
VICE-PRESIDENTE DA ANI (ASSOCIAÇÃO NACIONAL E INTERNACIONAL DE IMPRENSA)
DIRETOR DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE VITIMOLOGIA
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